1. |
||||
O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o severino
do finado Zacarias
Mas isso diz pouco:
há muitos na freguesia,
por conta de um coronel
que se chamava Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria
Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos...
Eu sou o Severino
de Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba
Mas isso ainda diz é pouco
se pelo menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
morando na mesma terra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos todos Severinos
iguais em tudo e na sina:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
sobre o mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque no sangue
que usamos
tem pouca tinta
Mas se somos Severinos
iguais em tudo e na vida,
morremos de morte igual,
que é aquela mesma morte Severina
morte de quem se morre
de velhice antes dos trinta
de emboscada antes dos vinte
e de fome...
e de fome um pouco por dia
e é assim que a doença e que tristeza
atacam em qualquer idade,
inclusive gente não nascida
Mas, para que melhor possam conhecer
a história de minha vida,
passo a ser só o Severino
que em vossa presença
emigra
|
||||
2. |
||||
Inconformado com a morte que aguardava severina
de velhice antes dos trinta e de fome...
A cada dia
MORTE
Retirante severino com a morte se depara
morrida e matada e com a vida...
Severina!!!
VIDA
MORTE EM VIDA SEVERINA!
|
||||
3. |
Retornar os Mortos
03:34
|
|||
Nas criptas escuras a muito abandonadas
seres profanos perturbam seu descanso
corrompem as almas de pecadores condenados
e em meio a podridão das tumba violadas...
RETORNAR OS MORTOS
Agora os mortos caminham sobre a terra
e milhares de corvos amaldiçoam a guerra
erguer os mortos reergue-los da terra
RETORNAR OS MORTOS
|
||||
4. |
À Sombra do Amanhã
01:07
|
|||
Vomito o sangue das cabeças no chão
morrer ou lutar
acordar no caixão
AO MEDO E À SOMBRA DO AMANHÃ
Colapso mental destroi as cidades
declaro ao medo
a súbita morte
AO MEDO E A SOMBRA DO AMANHÃ
|
||||
5. |
||||
Men of all sorts forced to serve
ONCE WAR STARTED
Houses will be burnt down
at the bombardment
ONCE WAR STARTED
|
||||
6. |
||||
Tensão domina as mentes
Generaliza o medo
do próximo massacre de inocentes
tementes
do terror
Quando a guerra eclode
o amanhã é incerto
mais uma bomba explode
é quando a morte
impera
MAIS UMA BOMBA...
MAIS UM ATAQUE AÉREO
MAIS UM GENOCÍDIO
MAIS UMA BOMBA...
MAIS UM ATAQUE AÉREO
MAIS UM BOMBARDEIO
Tension dominate minds
spread the fear
new victims of genocide
Fear the terror
when the war comes
tomorrow is unknown
another bomb explodes
is when death
REIGNS
ONE MORE BOMB
ANOTHER AIR ATTACK
ANOTHER BOMBARDMENT
ONE MORE BOMB
ANOTHER AIR ATTACK
ANOTHER BOMBARDMENT
|
||||
7. |
Hipocrisia Nunca Mais
01:33
|
|||
Você vê a injustiça e se
recusa a lutar
Fecha os olhos para o mundo
e se ajoelha pra rezar
E quando chea em casa vocÊ
bate na mulher
faz piada racista e acha
que vai pro céu???
NUNCA MAIS
Você vota num babaca movido
a puro ódio
ele te enganou mas você não
percebeu
O diabo da risada quando olha
pra você
dando todo seu dinheiro prum
escroto no poder!
NUNCA MAIS
|
||||
8. |
||||
Não há mais nada a fazer
nada a ganhar
e nada a perder
A angústia
e a falta de ar
O olhar fixo
E a vontade de gritar
COLAPSO REFLEXO
DESVIO REGRESSO
TERMINAL
ESTADO TERMINAL
TERMINAL
E NADA A PERDER!
|
||||
9. |
Abolir a Carne
01:20
|
|||
Trabalho involuntário
trabalho imoral
o ecossistema em estado
terminal
e o latifundiário
enriquece
ABOLIR A CARNE
Em campos de tortura
têm seus corpos violados
mentes destruídas
sangue derramado
ao abate
ABOLIR A CARNE
|
||||
10. |
The Last hope...
01:44
|
|||
World change to worse
change to worse
change to worse
THE LAST HOPE...
IS GONE
Fascists rising
the rise of ignorance
THE LAST HOPE...
IS GONE
|
||||
11. |
||||
As cidades se transformam
em montes de detritos
E as pessoas tão mortas de
baixo das ruinas
QUANDO A BOMBA EXPLODE...
|
||||
12. |
Walking in Silence
02:03
|
|||
Walking in silence
feel the night
stick in meat
and take
LIFE
WALK IN SILENCE
WALKING IN SILENCE
Trespassed the forbidden land
doomed and cursed
the smell of death
and the god of carnage are waiting
for you
IT'S TIME TO DIE
|
Disöppen Gräv Curitiba, Brazil
Brazillian One Man Horrorcöre band. Anti-War Anti-System (A)//(E)
Streaming and Download help
If you like Disöppen Gräv, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp